5 formas de ganhar dinheiro preservando a natureza

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5 formas de ganhar dinheiro preservando a natureza

Confira quais são as 5 principais formas de ganhar dinheiro preservando a natureza:

Foto: Divulgação

1- Pagamento por Serviços Ambientais (PSA)

O Pagamento por Serviços Ambientais é uma forma de ganhar dinheiro preservando a natureza. Ele é capaz de minimizar as falhas de gestão que não leva em consideração o valor de um determinado serviço ecossistêmico.

Dessa forma, os usuários ou beneficiários de tal serviço precisam remunerar seus provedores. Aqui, se usa o princípio do “provedor-recebedor” para as devidas atribuições.

Um exemplo é a questão da água. Todos precisam de água (recebedores do recurso) e uma das formas de proteger esse recurso é manter o entorno das nascentes de propriedades privadas (provedores) conservadas. Então, nesse raciocínio, o provedor receberia um valor por conservar as suas nascentes.

Em áreas de proteção de mananciais para abastecimento público, o programa tem recebido uma série de iniciativas para a sua implementação. Tanto através da conservação de remanescentes já existentes, como também no incentivo e pagamento aos provedores de plantios de restauração ecológica realizados em áreas de recarga de aquíferos e lençóis freáticos.

Para que o PSA seja expandido, é muito importante que as pessoas conheçam tal iniciativa. Assim, elas compreendem bem a noção de serviço ecossistêmico, um recurso natural disponibilizado para a sociedade.

Dessa forma, o PSA é utilizado como ferramenta protetiva e de recuperação da biodiversidade e de recursos hídricos. Com isso, também há a redução das mudanças climáticas através de uma menor emissão de carbono, por exemplo. Os benefícios, portanto, são locais, regionais e, porque não dizer, globais!

2- Restauração produtiva

A restauração produtiva pode ser realizada em dois ambientes distintos dentro de uma propriedade: na Área de Preservação Permanente (APP) e na Reserva Legal (RL).

Tanto a APP como a RL possuem funções e usos distintos. Na APP o uso é mais restritivo, ao contrário do que acontece na RL. O novo Código Florestal (Lei nº 12.651) instituiu a possibilidade do aproveitamento econômico de Reservas Legais, desde que para atividades de baixo impacto. Trata-se, então, de uma outra excelente oportunidade para se ganhar dinheiro preservando a natureza e seguindo a legislação ambiental.

Mesmo considerando o uso distinto na ocupação de APPs e RLs, em ambas, preconiza um princípio fundamental que é a conservação ambiental.

A Reserva Legal é uma área especial para o uso sustentável da biodiversidade. Por exemplo, em um bioma florestal, como a Mata Atlântica, é possível plantar espécies nativas madeireiras e frutíferas juntamente com espécies exóticas. Assim, você consegue fazer uso da madeira e das frutas, além de vender sementes.

Em contrapartida, a APP é um pouco mais restrita, já que possui uma função de proteção de um recurso específico e tão importante, a água. Dessa maneira, para utilizá-la com vistas a obtenção de recurso, é preciso realizar ações de baixo impacto que não descaracterizem a vegetação.

Nesse sentido, você pode explorar espécies nativas, frutíferas, produtoras de semente e SAFs, por exemplo.

3- Manejo sustentável

O manejo sustentável é uma forma de ganhar dinheiro preservando a natureza. Trata-se da exploração de um recurso natural através de técnicas específicas e/ou dimensionamento da produção para que o recurso se mantenha viável ao longo do tempo. Sendo uma das formas de ganhar dinheiro preservando a natureza.

No caso da produção de madeira, por exemplo, é realizar um plano de manejo que o indique qual o volume a ser retirado da floresta por período. Sendo capaz de respeitar a estrutura da população da espécie e a manutenção de longo prazo.

Já em relação a produtos não-madeireiros, seria avaliar qual o potencial de produção anual que possibilite a renovação da produção para a próxima estação.

A não preocupação com a renovabilidade dos recursos tem resultado no aumento do número de espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção no Brasil. Além disso, o mesmo ocorre nas respectivas listagens oficiais de uma série de Estados brasileiros que possuem legislação específica. Consulte a lista oficial da flora brasileira ameaçada de extinção!

Na Mata Atlântica, uma espécie com incrível potencial para geração de recursos em comunidades rurais é o palmito-jussara (Euterpe edulis). Trata-se de uma espécie ameaçada de extinção tanto na listagem oficial do Estado de São Paulo quanto na listagem nacional.

O palmito-jussara possui o potencial de exploração na produção do açaí (beneficiamento dos frutos coletados) e no corte dos indivíduos adultos para a produção do palmito em conserva.

Em ambos os casos, é necessário se realizar um Plano de Manejo. Assim, é possível se realizar um diagnóstico específico para a produção do palmito numa determinada área, ainda mais por se tratar de uma espécie ameaçada. Por conta disso, é necessário uma autorização especial do governo para explorá-la.

Há outras espécies com claros potenciais para o manejo sustentável. Outro exemplo para a Mata Atlântica é a Araucária (Araucaria angustifolia).

No caso do Cerrado, há uma série de espécies com potencial de uso. Muitas delas já são usadas para a produção de sorvetes, geleias, compotas e uso em pratos específicos.

As técnicas usadas na obtenção de recursos através do Manejo Sustentável têm como objetivo a diminuição dos impactos provenientes de alguma ação de exploração do local. Além disso, através de um planejamento estratégico de colheita, portanto, essas técnicas garantem a sustentabilidade da produção.

Com isso, o manejo sustentável combate as fontes de distúrbios naturais para que as florestas manejadas sejam capazes de evoluir de forma semelhante às florestas originais. Esse tipo de manejo é uma das maneiras mais eficazes de se cuidar e utilizar um ecossistema florestal, a fim de que ele produza diversos bens e permita a exploração de serviços no local, sendo uma excelente fonte de renda.

4- Compensação ambiental para ganhar dinheiro preservando a natureza

A compensação ambiental é uma das principais e mais imediatas formas de ganhar dinheiro preservando a natureza.

Ela nada mais é do que permitir que um agente (empreendedor ou produtor rural) que produziu um dano ambiental (supressão de vegetação nativa) – e/ou possui uma inadequação em sua propriedade (falta ou baixa cobertura de Reserva Legal) – faça a sua compensação ambiental em uma outra propriedade. Isso garante a preservação de um ecossistema já constituído. Ou seja, possibilita ganhar dinheiro preservando a natureza.

Portanto, quem possui excedente de vegetação pode ganhar dinheiro com isso!

Mas como você sabe se uma propriedade possui o tal excedente de vegetação?

O excedente de vegetação nativa é a área correspondente com vegetação que ocorre fora das APPs e Reserva Legal. O percentual de RL é diferente em cada um dos biomas brasileiros. No caso da Mata Atlântica, o % de RL que uma propriedade necessita possuir é de 20%. Esse valor não contabiliza as APPs.

Então, se uma propriedade possui além de 20% dentro do Bioma Mata Atlântica, ela pode oferecer esse percentual da propriedade como área passível de compensação ambiental a quem possui um dano e/ou exigência de adequação. Assim, os valores por hectare dependem muito da localização geográfica da propriedade com excedente de vegetação.
Outros casos

Esse mecanismo tem sido muito utilizado, por exemplo, no caso de produtores agrícolas que precisam realizar a adequação ambiental de suas propriedades. Com o mercado externo cada vez mais exigente quanto à procedência das commodities produzidas, eles precisam garantir ao seu consumidor que executa a produção respeitando a legislação ambiental do produto de origem.

Assim, em muitos casos, esses produtores não possuem área de Reserva Legal suficiente. Então, buscam outras propriedades com excedente de vegetação para concluir a sua adequação ambiental.

Se você possui excedente de vegetação nativa em sua propriedade, você pode se beneficiar disso economicamente!

5- Coleta de sementes e produção de mudas

Há uma ampla gama de recursos florestais não-madeireiros capazes de gerar renda a proprietários rurais.

A coleta de sementes é um dos recursos mais fáceis de se obter no campo. Assim, mercado de venda de sementes está em franco crescimento no Brasil. Afinal, há uma destinação certa… os viveiros florestais.

Ao longo do tempo, inclusive, foram desenvolvidas uma série de Rede de Sementes. Seu objetivo era auxiliar na destinação, comércio e networking entre os agentes do setor.

A coleta de sementes é permitida fora de Unidades de Conservação. Assim, há outra possibilidade imediata de obtenção de renda a partir da floresta em pé. Há uma série de manuais que auxiliam o interessado a organizar a sua produção, desde a marcação de matrizes, até o beneficiamento e armazenamento dos propágulos (frutos/sementes) coletados.

Caso o interesse seja pela produção de mudas, o investimento inicial no negócio será maior. Isso se dá porque haverá a necessidade de se construir uma estrutura capaz de germinar as sementes, de receber as mudas, e de destinar as mudas.

Assim, há o processo de rustificação (preparação para o o plantio). Há, ainda, o custo da mão de obra que deverá ser permanente e mais intensiva, quando comparada a de apenas desenvolver o negócio da coleta de sementes.

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O que são RPPNs e qual a importância delas para o Brasil?

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O que são RPPNs e qual a importância delas para o Brasil?

País já soma 1667 Reservas Particulares do Patrimônio Natural com cerca de 900 mil hectares de áreas protegidas; dia 31 de janeiro é comemorado o dia nacional dessas terras.

Existem mais de 1665 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) no Brasil. — Foto: Divulgação REGUA

O artigo 225 da Constituição Brasileira diz: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Com o intuito de dividir com o governo o ônus da conservação e ajudar na proteção da fauna e da flora brasileira, as Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) funcionam como unidades de conservação criadas voluntariamente em áreas particulares pelos próprios proprietários de terra, sejam pessoas jurídicas ou físicas.

O dia 31 de janeiro é reconhecido como o Dia Nacional das RPPNs, já que há 31 anos foi assinado, pelo então presidente José Sarney, o decreto que incluía as áreas na legislação do Brasil.

Não há tamanho mínimo ou máximo para uma RPPN. O laudo de vistoria técnica que define se a área tem ou não atributos para o reconhecimento como Reserva. — Foto: Divulgação Veracel

Sonia Wiedmann, na época era Procuradora Geral do Ibama, participou de todo processo. “Tudo começou com a criação de um documento (portarias) a pedido de fazendeiros gaúchos que queriam proteger as próprias terras contra o desmatamento clandestino e a caça. Com o tempo isso foi ganhando grande receptividade e evoluindo até que, com muita cautela, criamos o decreto que oficializaria as RPPNS”, explica.

Para a surpresa dela e da equipe, o sucesso do projeto foi grande e gerou uma enorme procura do público, o que fez surgir a necessidade da criação de um núcleo específico dentro do órgão ambiental para a análise de documentos e vistorias.

Hoje em dia esse trabalho pode ser feito na esfera federal através do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), também pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de onde a terra se encontra e até mesmo, em alguns casos, pela Secretaria Municipal que tem legislação específica para a criação das RPPNs.

Como criar uma RPPN? — Foto: Arte TG

De qualquer modo, a burocracia para a oficialização das terras evoluiu e se tornou mais simples. Atualmente existem 1667 Reservas Particulares que representam cerca de 900 mil hectares de áreas protegidas em todos os biomas do País.

No Pantanal, duas delas – RPPN NEIVO PIRES 1 e 2 – pertencem a família do administrador de empresas Laercio Machado de Sousa, que assumiu o compromisso de proteger a região em Miranda, no Mato Grosso do Sul, em 2001. “O que nos motiva é a vontade de ajudar a conservação da biodiversidade. Tudo que estamos protegendo gera benefícios também para a sociedade. Somos guardiões da natureza, já que protegemos recursos hídricos, ajudamos na geração do oxigênio, na captação de carbono e também na manutenção da fauna e flora, entre outras coisas”.

Dentro das reservas três atividades são permitidas: a pesquisa, o ecoturismo e a educação ambiental.

Essas atividades ocorrem, por exemplo, na RPPN Estação Veracel, que se encontra nos municípios de Porto Seguro e Santa Cruza Cabrália, na Bahia, e é considerada a maior reserva de Mata Atlântica do Nordeste. “Desenvolvemos ações para a proteção e o manejo de ecossistemas, contamos também com programas de pesquisa que buscam estimular a geração de conhecimento sobre a biodiversidade da área e também trabalhamos com a educação ambiental e a visitação, que tem destaque para o turismo de observação de aves”, explica Priscilla Sales Gomes, que é analista ambiental da empresa.

Florada dos ipês no Pantanal pode ser observada em Reserva do Patrimônio Particular Neivo Pires I e II. — Foto: Laercio Machado de Sousa/Arquivo Pessoal

A ONG ambientalista Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) também é grande aliada na luta para a preservação do bioma mais destruído do Brasil, na alta bacia do Rio Guapiaçu, no município de Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro. A organização possui três RPPNs, a Reserva Ecológica de Guapiaçú I, II, III e está aguardando a aprovação de mais duas: as Reservas Ecológicas de Guapiaçú IV e V.

“Na REGUA estamos empenhados em aumentar a área protegida oferecendo a natureza a possibilidade de recuperar a sua saúde e a sua resiliência. Queremos devolver a natureza a sua dignidade e criar um modelo de gestão que possa ser copiado e multiplicado. Até o momento temos plantado 650 mil mudas de espécies arbóreas nativas e 400 hectares fortalecendo assim o ecossistema da Mata Atlântica na bacia do rio Guapiaçú”, explica o presidente Nicholas John Locke, que é ambientalista e técnico agrícola.

Quem decide, voluntariamente, criar áreas de RPPNs e ajudar na luta para a conservação da biodiversidade também recebe benefícios legais, entre eles o direito da propriedade assegurado, a isenção do ITR (Imposto Territorial Rural para a área de RPPN) e a prioridade de análise de pedido de crédito rural.

Dentro das Reservas Particulares é permitido o turismo ecológico, a educação ambiental e o incentivo a ciência. — Foto: Divulgação Veracel

A ONG ambientalista Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) também é grande aliada na luta para a preservação do bioma mais destruído do Brasil, na alta bacia do Rio Guapiaçu, no município de Cachoeiras de Macacu, no Rio de Janeiro. A organização possui três RPPNs, a Reserva Ecológica de Guapiaçú I, II, III e está aguardando a aprovação de mais duas: as Reservas Ecológicas de Guapiaçú IV e V.

“Na REGUA estamos empenhados em aumentar a área protegida oferecendo a natureza a possibilidade de recuperar a sua saúde e a sua resiliência. Queremos devolver a natureza a sua dignidade e criar um modelo de gestão que possa ser copiado e multiplicado. Até o momento temos plantado 650 mil mudas de espécies arbóreas nativas e 400 hectares fortalecendo assim o ecossistema da Mata Atlântica na bacia do rio Guapiaçú”, explica o presidente Nicholas John Locke, que é ambientalista e técnico agrícola.

Quem decide, voluntariamente, criar áreas de RPPNs e ajudar na luta para a conservação da biodiversidade também recebe benefícios legais, entre eles o direito da propriedade assegurado, a isenção do ITR (Imposto Territorial Rural para a área de RPPN) e a prioridade de análise de pedido de crédito rural.

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A maior reserva particular do Brasil

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A maior reserva particular do Brasil

A maior Reserva Particular do Patrimônio Natural do Brasil, a RPPN Sesc Pantanal, tem 108 mil hectares e é um laboratório a céu aberto do Pantanal primitivo.

Divulgação/internet

Em duas décadas de existência, mais de 70 pesquisas nacionais e internacionais sobre o Pantanal foram realizadas na área localizada em Barão de Melgaço (MT), que é equivalente a cidade do Rio de Janeiro e representa 2% do Pantanal de Mato Grosso e 1% do Pantanal brasileiro.

Da abundante biodiversidade da Bacia do Alto Paraguai, com 1.059 espécies de peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, a Reserva detém 630. Isso significa que 60% destas espécies estão presentes na RPPN. Entre as espécies ameaçadas de extinção, a RPPN possui 12. Além de ser a maior RPPN do país, a reserva do Sesc Pantanal ainda é Zona Núcleo da Reserva da Biosfera do Pantanal, faz parte da terceira maior Reserva da Biosfera do planeta e é Sítio Ramsar.

Entre os benefícios que a RPPN presta à humanidade estão a purificação das águas, controle das inundações, reposição das águas subterrâneas, controle do fluxo de sedimentos e nutrientes do solo, reservas de biodiversidade e mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

A área possui seis Postos de Proteção Ambiental, uma delas próxima ao Rio Cuiabá, que recebe turistas do Hotel Sesc Porto Cercado para conhecer o trabalho realizado na reserva. O passeio conduzido por guarda-parques inclui o trajeto com barco, de 1h30, e uma trilha.

Divulgação/internet

Localização e acesso:

A RPPN está localizada entre 16° 28’ e 16° 50’ de latitude Sul e 56° e 56° 30’ de longitude Oeste no município de Barão de Melgaço, no limite sul do estado de Mato Grosso, Brasil. Na estação, seca via terrestre a partir de Cuiabá, o deslocamento é pela rodovia MT-040 até o município de Santo Antônio de Leverger, em seguida pela MT-070 até o Distrito de Mimoso (município de Barão de Melgaço) (Estrada Parque Santo Antônio de Leverger – Porto de Fora) e pela MT-455 até o Distrito de São Pedro de Joselândia (percurso terrestre total de aproximadamente 170 quilômetros).

Durante a cheia, o deslocamento a partir de Cuiabá é pela rodovia BR-070, até Poconé pela MT-060, em seguida até Porto Cercado pela MT-370 (Estrada Parque Porto Cercado) (percurso terrestre de aproximadamente 143 quilômetros). De Porto Cercado até a RPPN o deslocamento é realizado via fluvial (rio Cuiabá, Riozinho, canais, corixos), e a parte terrestre é realizada com veículos 4×4, cavalo, quadriciclo, charrete ou carro de boi. Este percurso também pode ser feito na estação seca, partindo de Porto Cercado via fluvial pelo rio Cuiabá até o Porto Biguazal. Em situações emergenciais e para o monitoramento ambiental para prevenção e combate aos incêndios, o deslocamento é aéreo.


Fonte: https://www.sescpantanal.com.br

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Conheça o livro sobre as RPPNs do Espírito Santo

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Conheça o livro sobre as RPPNs do Espírito Santo

Lançado pela editora Bela Vista Cultural, em parceria com a Associação Capixaba do Patrimônio Natural (ACPN), o livro, com 160 páginas, é o resultado prático de uma expedição realizada em 2021 pela equipe da editora e da ACPN, com a participação do fotógrafo Silvestre Silva, experiente na área de botânica, que visitou 19 municípios capixabas, registrando imagens inéditas e colhendo informações sobre 36 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) incluídas na obra.

Além de trazer informações, fatos curiosos, histórias de vida e dados sobre a fauna e a flora presentes nestas reservas, o livro também aborda o contexto em que foram criadas e as características humanas, históricas e culturais dos municípios e diferentes regiões capixabas onde estão presentes.

“O trabalho de campo foi muito gratificante. Primeiro pela beleza das paisagens, com suas montanhas, matas, praias e rios. Segundo pelo lado humano – os donos das RPPNs nos atenderam com uma hospitalidade difícil de esquecer. O nosso desafio foi o de retribuir esse carinho e mostrar toda essa riqueza ao leitor”, afirma Sérgio Simões, coordenador editorial da Bela Vista Cultural e membro da equipe de campo.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) é uma unidade de conservação privada onde o proprietário, voluntariamente, decide proteger uma determinada área em caráter perpétuo. Tal iniciativa contribui para o meio ambiente e permite a realização de ações derivadas, relacionadas à educação ambiental, à pesquisa e ao turismo sustentável, apresentando ao cidadão a importância da conservação da biodiversidade.

Hoje, o Brasil possui mais de 1.600 Reservas Particulares, que representam cerca de 900 mil hectares de áreas protegidas, em todos os biomas do País. No Espírito Santo, onde Mata Atlântica já ocupou praticamente todo o estado, são 57 RPPNs reconhecidas, que abrigam remanescentes florestais resistentes ao povoamento, às plantações, às pastagens para a pecuária e ao desmatamento. Das 57 RPPNs capixabas, duas estão no município de Guaçuí.

O livro evidencia também o ecoturismo em Reservas Particulares, como nos municípios de Vargem Alta, Santa Teresa, Santa Leopoldina, Piúma, Muniz Freire e Marechal Floriano, entre outros. Amante da fotografia e um dos proprietários da RPPN Macaco Barbado em Santa Teresa, o sociólogo Walder Marianno acompanhou de perto a expedição na sua área e destaca a importância do livro.

“Os RPPNistas visitados participaram das respectivas expedições em suas reservas. O livro é importantíssimo por ser uma fonte técnica de informações com a divulgação das unidades de conservação privadas. É também um material instrucional para as escolas e de divulgação entre futuros RPPNistas”, comentou Walder.

Escolas capixabas serão visitadas

A obra, segundo a editora e a ACPN, faz parte de uma ação mais ampla, realizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da iniciativa privada, que visa promover a doação de exemplares do livro para escolas públicas e entidades parceiras para disseminar a mensagem preservacionista da proposta.

Na segunda etapa do projeto, a equipe percorreu diferentes municípios capixabas e visitou mais de 80 escolas e entidades. O objetivo, segundo os organizadores, é disseminar a mensagem preservacionista da proposta.

Exposição fotográfica digital

Além de ser formado pela obra editorial, o projeto “Cultura e Natureza – RPPNs do Espírito Santo”, conta com uma exposição fotográfica digital e apresentações culturais.

Saiba mais detalhes acessando o site: https://www.rppnsdoes.com.br/


*Os interessados em adquirir os livros podem fazer isto durante os lançamentos ou por meio da loja no site da editora por R$ 50:
https://www.belavistacultural.com.br/

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“Amigos da RPPN” estimula preservação ambiental em MG com apoio da Gerdau

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“Amigos da RPPN” estimula preservação ambiental em MG com apoio da Gerdau

Iniciativa também abre as portas da unidade de conservação da empresa para usufruto de moradores da região

Foto: Divulgação

As Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) contribuem para o acréscimo de áreas resguardadas em regiões estratégicas e têm como principal objetivo a proteção da diversidade biológica, garantindo de forma perpétua a sua preservação. Com o intuito de estimular a comunidade a participar das ações de preservação ambiental e a usufruir de forma adequada da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Luis Carlos Jurovsky Tamassia, criada pela Gerdau ao pé da Serra de Ouro Branco, a empresa desenvolveu o projeto “Amigos da RPPN”.

Segundo dados do governo brasileiro, atualmente o país conta com 1.567 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), sendo 698 federais, que juntas somam quase 890 mil hectares. Minas Gerais (350), Paraná (282) e Bahia (157) são os estados com mais unidades de preservação desse tipo. O que torna as RPPN’s tão importantes é justamente o fato de serem um instrumento essencial para a conservação ambiental no Brasil.

Tendo isso em vista, a iniciativa da Gerdau busca dar ainda mais consciência aos moradores de Ouro Branco e abre suas portas para o desenvolvimento de projetos que beneficiam a comunidade local. De acordo com Diogo Felcar Saraiva, especialista em Sustentabilidade da Gerdau, a ação foi criada por uma necessidade de inclusão dos moradores no processo de conscientização e preservação dos mais de 1.245 hectares de mata nativa, que abrigam espécies da flora em extinção e animais silvestres, como o lobo-guará e o ouriço-caixeiro.

“Sempre refletimos sobre como agir para que a comunidade se sentisse parte do processo, utilizasse a área e, sobretudo, zelasse por ela”, lembra o especialista, que ainda explica como o projeto ocorre. “O primeiro passo foi criar um documento explicando quais os deveres e direitos de todos que querem usufruir da RPPN. Em seguida, é feita uma capacitação para que o participante conheça todas as recomendações, descubra o que é uma RPPN, tenha conhecimento dos limites de acesso e assine um termo de responsabilidade”, completa.

A RPPN da Gerdau, na Serra de Ouro Branco, faz limite com o marco zero da cadeia do Espinhaço e possui vegetação característica de transição de mata atlântica. — Foto: Divulgação

Hoje, o “Amigos da RPPN” já conta com cerca de 60 pessoas capacitadas. Segundo Walace Silva Filho, ciclista e morador de Ouro Branco, o projeto foi essencial para a comunidade. “O interesse dos amigos do RPPN é realmente integrar a comunidade de forma que todos possam aproveitar a área para o lazer e protegê-la. Só temos a ganhar com o projeto”, conta o aposentado, que foi um dos primeiros a serem capacitados pela ação.

Além do incentivo à preservação da RPPN, a comunidade habilitada já realiza atividades dentro do local. “Os moradores utilizam a reserva para caminhada, em eventos voltados para o meio ambiente, em passeios, mountain bike, pedalada e trilha”, lembra Walace. “Nós ainda queremos muito mais. Já temos uma entrada principal, mas a ideia é construir um receptivo, colocar mapas de acesso e mostrar tudo o que há no local. Isso vai ser feito aos poucos e espero que todos possam participar e crescer junto ao projeto”, finaliza.

Conheça o Relatório de Atuação Social da Gerdau 2020 no LINK. Para mais informações sobre os projetos de Responsabilidade Ambiental da Gerdau acesse o SITE.

Fonte: G1

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