Você conhece a Mata Atlântica?

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Você conhece a Mata Atlântica?

Na Mata Atlântica podem ser observadas árvores de médio e grande porte e epífitas.

A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros e encontra-se distribuída pelo litoral do país. Ela é constituída por diferentes formações florestais e apresenta grande diversidade florística e faunística. Dentre as espécies vegetais presentes nesse bioma, podemos citar o cedro, a embaúba, o jacarandá e o samambaiaçu. Entre as espécies animais, podem ser encontradas nela a onça-pintada, a preguiça-de-bentinho e o macaco-prego, sendo essas espécies ameaçadas de extinção.

Atualmente, a Mata Atlântica apresenta apenas 7% de sua área original, sendo necessárias políticas públicas eficazes para sua conservação. Em 27 de maio é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica.

Características gerais da Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros e está presente no litoral do país, distribuída por regiões de planaltos e serras, estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. A região onde se encontra apresenta desde um clima tropical úmido, com temperaturas relativamente elevadas durante grande parte do ano e umidade proveniente do oceano, que garante intensas chuvas durante o verão, até regiões com clima subtropical, onde a temperatura média no inverno é inferior a 15 ºC, podendo acarretar em seca fisiológica.

Apresenta diferentes formações florestais, por exemplo, em algumas regiões, podem ser observadas árvores de médio e grande porte e plantas epífitas; em outras, ocorre a prevalência de plantas caducifólias, que perdem suas folhas em períodos nos quais as condições ambientais são desfavoráveis; além de regiões onde podem ser observadas árvores de pequeno porte e troncos finos, entre outras formações.

Flora da Mata Atlântica

A Mata Atlântica apresenta cerca de 20 mil espécies vegetais, entre elas, espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. As espécies encontradas nela correspondem a cerca de 35% das existentes em todo o país. Delas, podemos citar:
– samambaiaçu
– pau-brasil
– palmito juçara
– araucária
– embaúba
– jacarandá
– cedro
– espécies epífitas, como as orquídeas

Dentre as inúmeras espécies vegetais da Mata Atlântica, podemos destacar a presença da pteridófita samambaiaçu.

Fauna da Mata Atlântica

A fauna da Mata Atlântica também é bastante diversa. Ela apresenta cerca de:
– 849 espécies de aves
– 370 espécies de anfíbios
– 200 espécies de répteis
– 270 de mamíferos
– 350 espécies de peixes

Entre essas espécies, muitas são endêmicas e estão ameaçadas de extinção. Dos inúmeros animais presentes na Mata Atlântica, podemos citar:
– mico-leão
– sagui
– quati
– preguiça-de-bentinho
– jaguatirica
– onça-pintada
– muriqui-do-norte
– muriqui-do-sul
– papagaio-da-cara-roxa
– jacú
– araponga
– sabiá

A jaguatirica é um dos animais mamíferos encontrados na Mata Atlântica.

Importância e conservação da Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais que possui a maior diversidade biológica do país e compreende entre 1% e 8% da biodiversidade mundial. Por volta do século XV, quando os europeus chegaram ao país, a Mata Atlântica estava distribuída numa área em torno de 1,3 milhão de km² (cerca de 15% de todo o território brasileiro).

A partir daquele momento, iniciou-se a sua degradação por meio da exploração do pau-brasil. Outras madeiras também foram bastante exploradas, o que quase as levou à extinção, como é o caso da sucupira, do jacarandá e da peroba. Com o passar do tempo, o processo de degradação continuou e o desmatamento abriu espaço para a implantação de lavouras de cana-de-açúcar e café e, em seguida, para a urbanização.
Todo esse processo de degradação histórico fez com que hoje a Mata Atlântica ocupe apenas cerca de 7% de todo o seu território original. Com isso, diversas espécies, tanto de vegetais quanto de animais, encontram-se atualmente ameaçadas de extinção, sendo que grande parte delas é endêmica.

Além da preservação das espécies ali existentes, preservar a Mata Atlântica beneficia a espécie humana de inúmeras maneiras, já que o bioma presta diversos serviços ambientais, como:
manutenção da estrutura e estabilidade do solo daquela região;
manutenção do ciclo hidrológico;
regulação e equilíbrio do clima.

Além de fornecer alimento, matéria-prima para a produção de medicamentos e cosméticos, entre outras importantes funções.

Políticas de preservação eficazes para esse bioma são essenciais. Nesse sentido, em 22 de dezembro de 2006, foi sancionada a chamada Lei da Mata Atlântica, Lei nº 11.428, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa da Mata Atlântica e determina, em seu artigo 6º, que:

“A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por objetivo geral o desenvolvimento sustentável e, por objetivos específicos, a salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade social.”

O trecho da Mata Atlântica que se inicia na Serra da Juréia (Iguape, São Paulo) e vai até a Ilha do Mel (Paranaguá, Paraná) foi declarado Patrimônio Natural Mundial em 1999. No dia 27 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica.


Fonte: www.biologianet.com

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4 dicas práticas de como ajudar a salvar a Amazônia

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4 dicas práticas de como ajudar a salvar a Amazônia

Bioma da Amazônia está chegando próximo de seu ponto de não retorno e pode se tornar uma savana, com consequências incalculáveis para o agronegócio

Salvar a Amazônia pode ser um ponto-chave para garantir a sobrevivência humana no mundo como conhecemos hoje. O bioma tem um papel fundamental na regulação da temperatura do planeta e no regime de chuvas no Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

No entanto, nos últimos anos, a floresta sofre com um crescente desmatamento e queimadas, o que tem contribuído para a redução da capacidade de sequestro de carbono, além de aumentar a emissão de gases de efeito estufa. Com isso, o sistema amazônico pode ter seu ponto de equilíbrio rompido, entrando em um caminho de desertificação sem volta.

A atividade agropecuária pode ser inviabilizada na região central do Brasil por conta das mudanças climáticas causadas pelo sumiço da floresta, como elevação de temperaturas e diminuição de chuvas, segundo o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar do cenário sombrio, grandes empresas e até cidadãos comuns podem contribuir para a preservação do bioma amazônico. Conheça quatro ações que podem ajudar a salvar a Amazônia.

1. Consumo consciente

Conhecer a origem dos produtos consumidos contribui para a preservação da Amazônia. No caso da madeira e da carne, existem certificações que garantem a produção livre de desmatamento ilegal. O próprio agronegócio aderiu à moratória da soja, que assegura que o grão produzido no bioma amazônico esteja livre de desflorestamentos ocorridos após o dia 22 de julho de 2008.

Além disso, a exploração econômica da Amazônia pode garantir a sua preservação. O consumo de produtos com certificação de produção sustentável na região proporciona a geração de renda e a manutenção da floresta em pé.

A Amazônia pode ser explorada economicamente de forma sustentável. (Fonte: Shutterstock/qualtaghvisuals/Reprodução) A Amazônia pode ser explorada economicamente de forma sustentável. (Fonte: Shutterstock/qualtaghvisuals/Reprodução)

2. Fortaleça as redes de apoio

Uma série de pessoas e instituições realizam um trabalho contínuo pela preservação da Amazônia. Dessa forma, realizar doações para essas organizações ou apenas dedicar um tempo para assinar petições e divulgar ações, mobilizações e campanhas auxilia na luta pela preservação da floresta. A cobrança de um posicionamento de empresas e pessoas de relevância contribuem para dar visibilidade à causa.

3. Aprenda com os povos da floresta

A floresta amazônica é habitada por pessoas há pelo menos 13 mil anos. Os moradores locais conseguiram sobreviver no bioma, ao mesmo tempo que garantiram a sua biodiversidade.

Até hoje, as regiões de floresta habitadas por comunidades indígenas e populações locais são mais bem conservadas. Por isso, conhecer e incentivar ações que promovem as pessoas dessas comunidades ajuda a garantir a manutenção da Amazônia.

Áreas da floresta amazônica ocupadas por populações locais são mais bem preservadas. (Fonte: Shuterstock/ESB Professional/Reprodução

4. Incentive o reflorestamento

Iniciativas de reflorestamento de áreas degradadas são importantes para ajudar a regeneração da floresta.

Uma das iniciativas mais antigas da Amazônia, o Projeto Reflorestamento Econômico Consorciado Adensado (Reca), fundado em 1989, incentiva o plantio sustentável com pagamentos anuais pela preservação de 5 mil hectares de sítios e chácaras no Amazonas, Acre e Rondônia.

Fonte: Natura, Instituto Socioambiental, Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Imazon.

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Quais são os biomas da floresta Amazônica?

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Quais são os biomas da floresta Amazônica?

Foto: internet

O Bioma Amazônico chega ocupar uma área de 4.196.943 Km², que corresponde mais de 40% do território nacional e é constituída principalmente por uma floresta tropical. A Amazônia passa pelos territórios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e parte do território do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. A Amazônia é formada por distintos ecossistemas como florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações pioneiras. Mesmo sendo o nosso bioma mais preservado, cerca de 16% de sua área já foi devastada, o que equivale a duas vezes e meia a área do estado de São Paulo.

O desmatamento, as queimadas, a garimpagem, o agropastoreio e a biopirataria representam os principais problemas ambientais enfrentados pelo bioma amazônico. O conjunto formado por essas ações devastadoras é responsável por graves mudanças climáticas em todo o planeta, como o aquecimento global. Amazônia é considerada um grande “resfriador” atmosférico e como maior abrigo da biodiversidade do mundo.

Fauna

Pesquisas indicam que na Amazônia existem cerca de trinta milhões de espécies animais. Dá para acreditar? E isso porque nem todas as espécies foram encontradas e estudadas pelos cientistas. Lá existem alguns animais que ainda são desconhecidos pelos homens.

Bom, mas uma coisa é certa: são muitos animais convivendo neste grande ecossistema. Talvez, os mais famosos deles sejam os macacos. Eles são numerosos: coatás, guaribas, barrigudos, entre outros. Uma infinidade de primatas pode ser encontrada nos galhos das árvores amazônicas. Além deles, existem outros mamíferos característicos da região. São mamíferos terrestres, como onças, tamanduás, esquilos, e mamíferos aquáticos, como peixes-boi e botos.

Os répteis também têm território garantido. Em um passeio pela região podem ser vistos lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes. Entre os anfíbios, existem variados tipos de rãs, sapos e pererecas. Uma grande coleção de peixes é outro fato digno de nota: nas águas amazônicas estão 85% das espécies de peixes de toda a América do Sul. Todos os anos milhares deles migram tentando encontrar locais adequados para reprodução e desova. É o que se chama Piracema.

Outros seres ainda menores, têm grande importância no equilíbrio deste ecossistema: os insetos. Eles estão na terra, na água e no ar, exemplo: besouros, formigas, mariposas e vespas fazem parte do grupo que é maioria na fauna amazônica. Há também grande variedade de aves na floresta, como por exemplo, araras, papagaios, periquitos e vários outros. Um deles, são os tucanos que colorem as copas das árvores. Mais de mil espécies de aves já foram catalogadas.

Macaco-Guariba
Vitória-régia

Vegetação

A vegetação divide-se em três categorias: matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó.

As matas de terra firme são aquelas que estão em regiões mais altas e por este motivo não são inundadas pelos rios. Nelas estão árvores de grande porte, como a castanheira-do-pará e a palmeira.

As matas de várzea são as que sofrem com inundações em determinados períodos do ano. Na parte mais elevada desse tipo de mata, o tempo de inundação é curto e a vegetação é parecida com a das matas de terra firme. Nas regiões planas, que permanecem inundadas por mais tempo, a vegetação é semelhante a das matas de igapó.

As matas de igapó são as que estão situadas em terrenos mais baixos. Estão quase sempre inundadas. Nelas a vegetação é baixa: arbustos, cipós e musgos são exemplos de plantas comuns nestas áreas. É nas matas de igapó que encontramos a vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia.

Solo

O solo da floresta amazônica é em geral bastante arenoso. Possui uma fina camada de nutrientes que se forma a partir da decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Esta camada é rica em húmus, matéria orgânica muito importante para algumas espécies de plantas da região. Em áreas desmatadas, as fortes chuvas “lavam” o solo, carregando seus nutrientes. É o chamado processo de lixiviação, que deixa os solos amazônicos ainda mais pobres. Apenas 14% de todo o território pode ser considerado fértil para a agricultura.

Mas se apenas essa pequena parte é fértil, como existem tantas árvores? Aqui está um dos pontos essenciais para o equilíbrio do ecossistema.

Neste processo a camada de húmus tem um papel fundamental. Além disso, os poucos nutrientes presentes no solo são rapidamente absorvidos pelas raízes das árvores, e estas plantas, por sua vez, tornam a liberar nutrientes para enriquecimento do solo. Trata-se de uma constante reciclagem de nutrientes.

Relevo

As planícies são constantemente inundadas pela água dos rios. Na região de planaltos existem algumas serras, como as de Taperapecó, Imeri e Parima. Ficam na Amazônia as formações de relevo mais baixa – planície Amazônica – e mais alta – planalto das Guianas – do país. É nesse planalto que se encontra o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com cerca de 3.015 metros.

Compõem o bioma Amazônia planícies (terrenos com pouca variação de altitude), depressões (tipo de relevo aplainado, onde são encontradas colinas baixas) e planaltos (terrenos com superfície elevada).

Água

A água é um importante componente em um ecossistema. Isto porque a água é fundamental para a vida. No caso da floresta amazônica, a água doce é abundante: trata-se da maior bacia hidrográfica do planeta. Seu principal rio é o Amazonas, que possui mais de mil afluentes (rios menores que nele deságuam), é o mais largo do mundo e grande responsável pelo desenvolvimento da floresta.

Os rios influenciam a vida dos animais e, como você já viu, a vegetação do lugar. De forma geral, são classificados em três tipos: rios de águas barrentas, de águas claras e águas pretas.

Por fim, os rios de águas pretas são assim denominados por nascerem em terrenos de planície e carregarem a areia e o húmus que caracterizam o solo de tais terrenos. O húmus é o grande responsável pela cor escura das águas. O mais conhecido rio amazônico de aguas pretas é o rio Negro.A coloração da água varia de acordo com determinadas substâncias que podem ser encontradas nos rios. Os chamados rios de águas barrentas, como o Madeira e o próprio Amazonas, têm a cor da água modificada por serem ricos em sedimentos e nutrientes. Os de águas claras, como o Xingu, o Tapajós e o Trombetas possuem muitos trechos de corredeiras e cachoeiras. Estes rios não banham tantos terrenos ricos em nutrientes como os de água barrenta. Desta forma apresentam água mais cristalina.

Clima

Na região amazônica chove bastante e a temperatura é elevada, normalmente variando entre 22ºC e 28ºC. É o chamado clima equatorial úmido, que caracteriza algumas áreas próximas à linha do Equador. E como o clima interfere? Pelo que vimos até aqui, você já deve imaginar alguma forma… Por exemplo: de acordo com a intensidade das chuvas sobe o nível dos rios; com o aumento do nível dos rios algumas áreas podem ser alagadas e, uma vez alagadas, essas áreas podem ser mais ou menos adequadas à vida de determinados vegetais e animais.

Fatores como o clima, relevo, solo e água interferem na vida de animais e vegetais. Não foi isso que vimos ser a definição de um ecossistema? A relação entre seres vivos e não vivos em uma região? Pois é, quando falamos da Amazônia existe ainda uma outra relação que está colocando em risco o equilíbrio do ecossistema. A relação entre os homens e a floresta.

 

Fontes de informação: www.ibflorestas.org.br / IBAMA / LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje – Vol 3. São Paulo: ed. Ática, 1998.

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Tartaruga-verde sai da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção no Brasil

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Tartaruga-verde sai da Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção no Brasil

O documento publicado nessa quarta aponta que, considerando fauna e flora, 280 espécies saíram das categorias de ameaça

Foto: Divulgação

Portaria MMA Nº 148, de 7 de junho de 2022, publicada nesta quarta-feira (8), que divulga a nova Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção no Brasil, revela que houve melhora no estado de conservação de quatro das cinco espécies de tartarugas marinhas existentes no Brasil, incluindo a saída da Lista de Espécies Ameaçadas da tartaruga-verde, Chelonia mydas. O resultado vem de um esforço de conservação de mais de 40 anos, incluindo a criação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas e da Biodiversidade Marinha do Leste (TAMAR/ICMBio), em 1990.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), entidades responsáveis pelo processo de avaliação, buscam ampliar o número de espécies estudadas e categorizadas quanto ao seu risco de extinção. Na nova lista, o JBRJ avaliou 7.524 espécies da flora brasileira – em 2014, data da última listagem foram 4.617 espécies. Já o ICMBio avaliou 8.537 espécies de fauna até maio de 2021 – a expectativa é que até o final do ano, esse número chegue a 15 mil, ultrapassando significativamente o quantitativo de 2021 (12.254).

Considerando fauna e flora, 280 espécies saíram da categoria de ameaça, 131 foram indicadas para categorias de menor ameaça, 2.749 permaneceram na mesma categoria de avaliações anteriores e 1462 espécies entraram na lista.Para ter acesso ao documento completo, clique aqui. Cabe destacar que o crescente aumento do número de espécies oficialmente consideradas ameaçadas de extinção tem relação direta com a expansão do universo de espécies estudadas e avaliadas para obtenção da Lista, além do aperfeiçoamento e amadurecimento das instituições responsáveis.

Nesta quarta-feira, o Conselho Nacional de Biodiversidade (Conabio) realiza sua 70ª reunião ordinária, onde serão debatidos os resultados da lista de espécies ameaçadas e também a revisão do Programa Pró-Espécies para a conservação da biodiversidade brasileira.

Atualizações

Com essa revisão do Programa Pró-Espécies que está em andamento, espera-se que as atualizações da Lista passem a ser publicadas anualmente, o que representa um ganho para a conservação das espécies uma vez que haverá menor intervalo entre a avaliação e categorização de uma espécie e sua atualização na Lista para fins de aplicação nas políticas públicas ambientais.

Antes, era preciso esperar a avaliação ou reavaliação de todas as espécies para que a Lista fosse atualizada, resultando em demora para atualização do estado de conservação daquelas avaliadas no início do ciclo. Para se ter uma ideia, a lista publicada agora está com as atualizações referentes às avaliações realizadas entre 2015 e maio de 2021. Já a partir de 2023, a nova atualização vai trazer as espécies avaliadas entre maio de 2021 e final de 2022.

Políticas públicas

O Brasil detém cerca de 22% da biodiversidade do planeta, que inclui mais de 46 mil espécies de algas, plantas e fungos, mais de 120 mil espécies de invertebrados e cerca de 9 mil espécies de vertebrados.

Uma das principais estratégias adotadas pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio de suas entidades vinculadas, para assegurar e promover a gestão e conservação dessa biodiversidade é coordenar o processo de monitoramento e avaliação do estado de conservação das espécies, inclusive para poder estabelecer estratégias direcionadas para cada espécie.

Muitas das espécies contempladas hoje na Lista são alvo de instrumentos de conservação do Estado Brasileiro, como os Planos de Ação Nacionais e Territoriais para Conservação das Espécies Ameaçadas (PANs e PATs), Planos de Redução de Impacto à Biodiversidade (PRIMs), Planos de Recuperação de Espécies Ameaçadas. Esses instrumentos são, em sua maioria, recentes, com no máximo 10 anos de existência.

Fonte: ASCOM MMA

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