A ideia de ser sustentável ou “verde” é bastante discutida e propagada atualmente. De certa forma, ela está sendo passada para todos nós como uma “filosofia obrigatória” para quem quer ser bem visto socialmente e isto vale tanto para pessoas quanto empresas. Por um lado, é ótimo que todos tomem consciência em colaborar para um mundo melhor, mas é muito importante que não se trate esta ideia como uma tendência passageira.
Em 2017, a ONU declarou o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, e desde então a OMT (Organização Mundial do Turismo) passou a reforçar a importância de pensar no tema.
Segundo a diretora de Comunicação da OMT, Sandra Carvão, o setor é responsável por 10% do PIB, sendo assim inquestionável a sua relevância para a economia. “O Turismo é um dos setores mais resistentes a mudanças e crises”, revelou Sandra. E ainda acrescentou que a OMT almeja chegarem 2030 com um fluxo de 1,8 bilhão de turistas internacionais, número que hoje está em 1,2 bilhão.
“Se cada um dos 1,2 bilhão de pessoas que viajam internacionalmente tiveram uma atitude sustentável, imagine o impacto que isso pode ter em termos de inclusão social e de desenvolvimento”, disse Sandra, citando como exemplo de ações comprar de produtores locais.
“Queremos mobilizar os atores em prol dessa agenda e o ano é só uma desculpa, pois essa é uma longa caminhada”, afirmou.
Em 2018, a unidade de inteligência do The Economist divulgou o primeiro Índice de Turismo Sustentável, que avalia 10 países do mundo e seu compromisso com o desenvolvimento e promoção de práticas sustentáveis no turismo. Os países que participaram foram: Alemanha, Brasil,China, Egito, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Japão e Reino Unido.
Os países europeus se destacaram, com a França ficando em primeiro lugar no ranking, seguida pela Alemanha (2º) e pelo Reino Unido (3º).
O Brasil ficou na sétima posição, conquistando pontos pela qualidade do ar, emissão de CO2 e uso responsável da água. Os eventos esportivos também foram considerados de forma positiva no índice. Porém, entre os aspectos que fizeram o país cair no ranking estão a crise política e econômica, a violência e a infraestrutura turística. Além disso, a atuação do país também foi criticada na eficácia de marketing e branding para atrair turistas, emprego no setor de turismo, e compreensão de uma política de turismo sustentável.
Para uma melhor compreensão do conceito de turismo sustentável, deve-se levar em conta três pilares essenciais:
– O pilar ambiental: a conservação da natureza onde estiver alojado.
– O pilar econômico: o apoio aos negócios locais.
– O pilar social: valorização dos projetos culturais locais.
O pilar ambiental é o mais difundido. O interesse por lugares pouco conhecidos e grande preservação ambiental tem atraído muitos visitantes. Mas os locais já conhecidos e explorados não ficam de fora nesta questão da preocupação ambiental. Muitas cidades ou regiões de países cosmopolitas estão se adequando a esta preocupação ambiental e divulgando as ações que estão tomando para preservar a natureza, tais como iniciativas de proibição ao uso de plástico.
O apoio aos negócios locais é fundamental para o desenvolvimento, inclusão de trabalhadores no mercado de trabalho e incentivo às práticas locais, como por exemplo, o artesanato.
A indústria do turismo, seja sob a forma de cadeias internacionais de hostels ou empresas locais, pode impulsionar a economia do país, o que é muito positivo. No entanto, essas cadeias são, geralmente, geridas por empresas estrangeiras. O foco no apoio aos negócios locais propõe o investimento financeiro diretamente na economia do país ou local de visita, ou seja, fazendo reservas em estabelecimentos locais, ou optando por guias nativos, recompensando com boas gorjetas. Bem diferente de um pacote “all inclusive” de grandes cadeias hoteleiras comprados em agências de turismo.
Na imensidão deste mundo afora há muito o que se conhecer e explorar. Culturas, hábitos, religiões, tradições culturais e pessoas de diferentes origens em diversos lugares estão esperando para serem visitados e terem suas identidades conhecidas e divulgadas globalmente.
Uma maneira de colaborar com essa propagação é apoiar as infraestruturas sociais através do consumo responsável.Visitas às feiras para conhecer a oferta de produtos fabricados, produzidos ou criados na região e até mesmo a troca de informação pode fazer com que o viajante leve para o seu lugar de origem a técnica que aprendeu viajando. Ou simplesmente contemplar e valorizar o que o lugar tem a oferecer em termos de cultura e divulgar para que outras pessoas se interessem em conhecer.
Um exemplo bem recente é o projeto circuito “Alagoas Feito a Mão”, realizado em Maceió com o objetivo de promover o turismo mas também valorizar a cultura popular.
Réplicas em tamanho gigante de esculturas de grandes artesãos de Alagoas estão expostas na orla da cidade. As novas esculturas fazem o maior sucesso entre os turistas e de graça. Para admirar as esculturas basta passear em um dos pontos da orla e garantir a foto dos grandes artistas de Alagoas.
Turismo sustentável é uma troca onde todos saem ganhando, o local visitado e o turista. Há de se ter uma conscientização maior na forma de viajar e oferecer soluções sustentáveis para essa troca. Todos queremos conhecer lugares paradisíacos, aprender com pessoas de diferentes culturas e, para que essa experiência de viajar continue sendo algo prazeroso agora e daqui a muitos anos, precisamos ficar atentos a responsabilidade de viajar de forma sustentável o quanto antes.
Fonte: https://www.redeasta.com.br
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Somos uma equipe formada por proprietários rurais e por pessoas comprometidas com o meio ambiente. Nosso objetivo com este site é mostrar a Importância da conservação da Mata Atlântica para produção dos serviços ambientais e ecossistêmicos e para as próximas gerações. Além da importância da preservação de todas as formas de vida para a promoção do equilíbrio do meio ambiente.
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