Experiências Sustentáveis

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Experiências Sustentáveis

Turista precisa ter consciência ambiental e preservar os locais de visitação

Foto: Sebastião Alves

O mundo onde vivo pode ser melhor, depende de mim! Essa frase nos chama atenção para contribuirmos melhor com a conservação do meio ambiente. Sempre observamos detalhes daquilo que esperamos nos serviços ou produtos que adquirimos, mas raramente prestamos atenção para muitas coisas que podem ser melhoradas com nossas atitudes. O momento é muito oportuno para adotar novas atitudes, já que passamos por um momento especial em que todos, sem exceção estamos sujeitos aos mesmos fatores sanitários que podem nos afetar a todos igualmente.

Aproveitar esta situação em termos a oportunidade “forçada pelas circunstâncias” e promover uma profunda revisão de qual futuro desejamos para nós ou para aqueles que vierem depois, nas próximas gerações, é extremamente oportuno para adoção de novos hábitos e desenvolver novos costumes mais saudáveis para nós, nossos familiares, nossa comunidade e região.

Toda vez que viajamos nos deparamos com atitudes novas com aqueles que nos recebem, algumas muito diferentes do nosso dia a dia, outras nem tanto. Quase sempre não observamos as marcas que deixamos por onde passamos principalmente pessoas com quem nos relacionamos e lugares onde estivemos. Trazemos as imagens e registros de momentos inusitados para nós, mas a pergunta aqui é: qual a imagem que seu anfitrião tem ou ficou sobre sua estada em seu empreendimento? Você pode estar falando: Quase nunca me preocupei com isso.

Pois é, se pergunte quantas vezes recebeu uma mensagem de feedback dos locais onde esteve e se o seu anfitrião teria motivos para te retornar com uma mensagem surpreendente. Perguntar a si próprio, que turista sou eu? O que deixei de marca onde passei? Deixei apenas dinheiro ou algo mais que isso? Será que a imagem que se tem de brasileiros melhorou com minha estada? O que poderia ter feito para deixar um diferencial?

Sabemos que você leitor, que está aqui buscando algo que possa tornar suas viagens e experiências mais agradáveis e marcantes tem histórias e hábitos bem distintos, mas, no final, todos nós queremos a mesma coisa: viajar para lugares e retornar em segurança e, mais do que isso, experimentar momentos únicos e marcantes de felicidade. Veja as fotos:

Foto: Sebastião Alves
Foto: Sebastião Alves
Foto: Sebastião Alves
Foto: Sebastião Alves

Se desejo um mundo melhor, preciso começar por mim. Nada mudará se eu continuo o mesmo. Preciso e posso melhorar. Posso e devo ser exemplo com pequenas atitudes. Que tal praticar a tolerância, compreensão, respeitar os que pensam diferente de mim e não é concordar com eles. O mundo só melhorará, se eu melhorar os meus jeitos e atitudes. Não conheço alguém que cuspa no chão da sua própria casa ou carro, mas muitos fazem isso na rua. Dá para mudar isso? Fumantes não jogam guimba debaixo da cama, muitos lançam pela janela, no sanitário, nas calçadas, ruas e estradas, neste caso para esta época do ano, quase sempre causando incêndios florestais criminosos.

Como é o consumo de energia ou água quando está hospedado em viagem? É igual ao de sua residência? Talvez você pense que só porque está pagando pode desperdiçar. Do outro lado, importante oferecer a quem te hospeda a separação do lixo é um estímulo para outros visitantes também. A busca pelo turismo em reservas particulares e públicas, como RPPNs e Parques, cresceu muito nos últimos anos, mas se comportar nesses locais é essencial. As pessoas têm o hábito de pegar nas coisas, mas dentro de espaços assim, precisa ter cautela, o animal precisa de distanciamento e as plantas também não podem sofrer esse impacto. A responsabilidade de quem faz a gestão desses lugares é extrema e o visitante não pode interferir naquilo que está ali há milhares de anos. Esse impacto é negativo em alguns momentos, precisamos preservar e não o contrário.

E o que vem dando muito certo nessas mudanças é o turismo de base comunitária, onde as pessoas que vivem no local precisam estar preparadas e se sentirem realmente pertencentes a esses locais. Esse comprometimento é importante, para daqui há 10 ou talvez 20 anos, os lugarejos não fiquem sem identidade. No Brasil, tem gente fazendo coisa muito boa e interessante. Todos se preparam para exigir o melhor, inclusive o cliente deve deixar marcas positivas. É preciso trabalhar para que nas duas pontas tenham responsabilidade, nas mínimas práticas até as maiores. E você? Que tipo de turista quer ser? Qual a pegada ambiental que você deixou?


Texto: Por Sebastião Alves – Biólogo, Gestor e Proprietário da RPPN Remy Luiz Alves-ES

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