Educação ambiental nas escolas: por que ela deve ser implementada?

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Educação ambiental nas escolas: por que ela deve ser implementada?

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Nos últimos dez anos, a população mundial cresceu em um bilhão. Hoje, estima-se que há 7,8 bilhões de habitantes no planeta Terra. O aumento da população global, as constantes crises ambientais e a escassez dos recursos naturais atenta para a importância de conscientizar as pessoas sobre a preservação do meio ambiente e de adquirir hábitos mais saudáveis. Nesse contexto, a educação ambiental nas escolas torna-se ainda mais fundamental, como espaço educativo, colaborativo e de formação de valores.

A educação ambiental no Brasil

Em 27 de abril de 1999 foi criada a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), sancionada durante o governo Fernando Henrique Cardoso. A Lei nº 9795 estabelece diretrizes e tem, como principal objetivo, estimular a conscientização pública sobre o dever de proteger o meio ambiente por meio da educação.

Ainda na legislação, a educação é vista como uma das principais formas de atingir tal consciência pois é por meio dela que “o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.”

Baseado nessa premissa, o Art. 2º determina que a educação ambiental deve estar presente em todos os níveis do ensino brasileiro – em caráter formal ou informal – sendo um direito de todos os cidadãos.

A importância da educação ambiental nas escolas

A conservação do meio ambiente depende diretamente da conscientização e da mudança de hábitos das pessoas. Tal mudança só é possível através da educação.

Sendo assim, é essencial que as escolas incorporem aos seus currículos e às propostas pedagógicas ações e projetos que incentivem práticas ambientalmente corretas, em todas as fases de ensino.

Como implementar a educação ambiental nas escolas?

A implementação da educação ambiental nas escolas pode acontecer por meio de conteúdos trabalhados em sala de aula e em atividades específicas. Entretanto, sabemos que a conscientização e a mudança de hábitos acontecem com atitudes pequenas e diárias.

Visto isso, a sustentabilidade deve fazer parte da rotina escolar e das atitudes de seus funcionários, servindo como bons exemplos para as crianças. Ou seja, o que é ensinado ao aluno na teoria deve acontecer na prática. Não adianta o professor falar sobre a importância da reciclagem na aula, porém a própria escola não realiza a coleta seletiva e não possui lixeiras recicláveis espalhadas pelo colégio.

Abaixo, listamos algumas formas de implementar à educação ambiental na escola. Confira:

– Incentivar o consumo consciente de recursos como água e energia (colocando placas nos banheiros, bebedouros e salas de aula);

– Ensinar a importância da coleta seletiva e disponibilizar lixeiras recicláveis;

– Promover a redução do uso de plástico, dando preferência por produtos que agridam menos o meio ambiente;

– Fazer o reaproveitamento de materiais e evitar o desperdício;

– Fazer uma horta coletiva.

Além das práticas citadas acima, cabe a escola debater sobre a crise ambiental, os biomas brasileiros, a importância dos diferentes ecossistemas para o funcionamento da vida na Terra e o impacto que certos hábitos podem causar não só ao meio ambiente, mas à vida das próprias crianças.

Uma ótima forma de adotar a educação ambiental nas escolas é através da realização de eventos para celebrar datas comemorativas, como: Dia Mundial da Água, Dia da Árvore, Dia Mundial do Meio Ambiente, Dia da Mata Atlântica. Outras ações como feiras de ciências e passeios extracurriculares à sítios arqueológicos e museus também podem auxiliar no engajamento das crianças com causas ambientais.

Como incentivar a conscientização ambiental em casa?

Como dito anteriormente, a adoção de novos costumes e hábitos acontece por meio de pequenas ações, feitas de maneira constante.

Portanto, aliado ao trabalho realizado na escola, é fundamental que os pais incentivem e adotem um consumo mais sustentável dentro de casa também. Isso pode ser feito ao incluindo a criança em pequenas tarefas domésticas, como: separar o lixo, lavar a louça, cuidar do jardim e fazer compras no supermercado.

Aliás, a ida ao supermercado é uma ótima maneira de ensinar hábitos sustentáveis. Optar por frutas e legumes que não estão embalados, dar preferência por produtos à granel, e utilizar sacolas reutilizáveis são apenas algumas atitudes que auxiliam a preservar o meio ambiente.

Educação ambiental como ferramenta para conscientização

Como podemos ver, o ambiente escolar é uma das principais ferramentas transformadoras da sociedade, pois é nele que a formação de novos valores, da convivência em sociedade e da aquisição de conhecimento acontece.

Sendo assim, integrar programas de educação ambiental nas escolas proporciona a aproximação do estudante com a natureza, fazendo com que este perceba que também faz parte do meio ambiente e que, cabe a ele, protegê-lo.

Além disso, as crianças e adolescentes de hoje serão os responsáveis em tomar decisões no futuro, seja no comando de empresas ou dentro do ambiente político. Conscientizá-los sobre a importância de preservar o meio ambiente, é poupar que a exploração descontrolada dos recursos naturais continuem acontecendo, garantindo uma sociedade mais responsável e conectada com a natureza.

Fonte: Quero Bolsa

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Saiba o que é e qual a importância da educação ambiental

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Saiba o que é e qual a importância da educação ambiental

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A educação ambiental é fundamental para que as pessoas se tornem mais conscientes sobre a sustentabilidade e a importância de construir um futuro mais limpo para as próximas gerações. A adoção de práticas ecologicamente corretas e o incentivo ao uso moderado dos recursos naturais são algumas das medidas básicas propostas pela educação ambiental.

No Brasil, a educação ambiental é lei desde 1999. Todas as escolas têm o dever de ensinar métodos de preservação, bem como incentivar processos de reciclagem e conscientizar os alunos sobre a importância de usar os recursos naturais de maneira equilibrada.

Valores sociais, habilidades, competências, métodos e conhecimentos são os pilares da educação ambiental. Além disso, a valorização de uma sociedade que sabe conciliar evolução — tecnológica, de produtos e serviços — com a demanda de consumo, sem afetar o meio ambiente. A proposta é bem clara: um mundo que possa consumir sem destruir a natureza e seus recursos cada vez mais escassos. O desenvolvimento humano deve respeitar o ambiente em que está inserido.

A importância da educação ambiental é cada vez mais evidente na sociedade. Em um país continental e com uma natureza exuberante e riquíssima, esta política possui valor inestimável e deve ser encarada como base do sistema educacional brasileiro. Para tal, a lei determina princípios e objetivos:

– Incentivar a educação ambiental com caráter humanista, participativo e democrático;

– Compreender a totalidade do meio ambiente e sua importância dentro da vida socioeconômica e cultural;

– Estabelecer políticas contínuas ao longo da formação educacional, sempre valorizando o valor ecológico da metodologia de ensino;

– Valorizar as diferenças e valores de cada região brasileira, com sua diversidade de fauna, flora e clima, respeitando também à pluralidade cultural do país;

– Estudar e compreender os aspectos ecológicos do meio ambiente dentro de cenários psicológicos, políticos e sociais;

– Democratizar o acesso a conteúdos ambientais para todas as classes sociais;

– Defender uma sociedade sustentável e aliada ao desenvolvimento humano, assim como na defesa da qualidade de vida;

– Motivar a participação de todos os níveis (micro e macro) da sociedade.

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Qual a importância de reciclar e reutilizar os materiais?

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Qual a importância de reciclar e reutilizar os materiais?

Foto: internet

Devido ao aumento da quantidade de resíduos gerados todos os dias no mundo, a reciclagem vem se tornado uma atitude indispensável para a manutenção da saúde das pessoas e também do planeta. Anualmente, o Brasil produz 78,4 milhões de toneladas de resíduos sólidos, mas recicla apenas 3% destes.

Segundo dados levantados pelo Ministério do Meio Ambiente através da Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), estima-se que o Brasil perca cerca de R$ 8 bilhões por ano por não reciclar os resíduos sólidos e destiná-los aos aterros e lixões das cidades.

Entenda mais sobre reciclagem. O reaproveitamento ou reutilização de resíduos consiste em transformar um determinado material já beneficiado em outro. A reciclagem promove vários benefícios, dentre eles: a preservação ambiental, contribui para a redução da poluição e contaminação do solo, além da economia de energia.

Economicamente, a reciclagem motiva o aumento de riquezas, uma vez que as empresas usam desse processo para redução de custos no processo produtivo, à medida que contribuem para a preservação do meio ambiente. A reciclagem é importante para minimizar impactos ambientais e preservar os recursos naturais, que são limitados.
Além disso, ela está ligada ao desenvolvimento sustentável, que engloba, não só o meio ambiente, mas também aspectos sociais e econômicos. Isso porque, quando descartamos os produtos de forma adequada, agregamos valor ao processo e ao material, já que melhoramos os índices de reaproveitamento, barateamos o custo de produção e estimulamos o crescimento da reciclagem.Vantagens da reciclagem.

As maiores vantagens da reciclagem são a minimização da utilização de recursos naturais, muitas vezes não renováveis; e a minimização da quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração, contribuindo para a preservação do meio ambiente. A reciclagem é importante para a sociedade, uma vez que gera empregos em cooperativas e contribui para a renda de diversos catadores de materiais recicláveis, que fazem um trabalho muito importante recolhendo, separando e encaminhando o material diretamente para a reciclagem. Ela ainda é capaz de reduzir a acumulação progressiva de resíduos, a produção de novos materiais, como por exemplo o papel, que exigiria o corte de mais árvores; as emissões de gases como metano e gás carbônico e as agressões ao solo, ar e água; fatores incrivelmente negativos em relação à vida do nosso planeta.

Você faz a sua parte? Existem formas simples e caseiras para reaproveitar alguns materiais. Uma forma de fazer a reciclagem doméstica é reaproveitar as garrafas de plástico, uma vez que é possível fazer peças decorativas e de utilidade com esse tipo de material. Outro exemplo é o óleo de cozinha ou óleo de fritura que pode virar sabão de ótima qualidade. E, por fim, aqueles que moram em áreas com quintal grande e, com bastante terra, poderão também enterrar boa parte do lixo orgânico, que irá se transformar em adubo natural.

Como cidadãos, precisamos nos envolver na etapa que nos compete, que é a separação dos nossos resíduos para a coleta seletiva, procedimento fundamental para a obtenção de um produto reciclado tão bom quanto o original. No caso das empresas ou instituições geradoras de resíduos, o trabalho deve acontecer desde a produção, separação, armazenamento e coleta por empresas especializadas nestes resíduos. Observando as atribuições legais e de responsabilidade compartilhada do resíduo gerado.A reciclagem é peça fundamental na preservação do meio ambiente e por isso cada um de nós deve fazer a sua parte!

Fonte: www.meuresiduo.com

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Você conhece a Mata Atlântica?

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Você conhece a Mata Atlântica?

Na Mata Atlântica podem ser observadas árvores de médio e grande porte e epífitas.

A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros e encontra-se distribuída pelo litoral do país. Ela é constituída por diferentes formações florestais e apresenta grande diversidade florística e faunística. Dentre as espécies vegetais presentes nesse bioma, podemos citar o cedro, a embaúba, o jacarandá e o samambaiaçu. Entre as espécies animais, podem ser encontradas nela a onça-pintada, a preguiça-de-bentinho e o macaco-prego, sendo essas espécies ameaçadas de extinção.

Atualmente, a Mata Atlântica apresenta apenas 7% de sua área original, sendo necessárias políticas públicas eficazes para sua conservação. Em 27 de maio é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica.

Características gerais da Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros e está presente no litoral do país, distribuída por regiões de planaltos e serras, estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul. A região onde se encontra apresenta desde um clima tropical úmido, com temperaturas relativamente elevadas durante grande parte do ano e umidade proveniente do oceano, que garante intensas chuvas durante o verão, até regiões com clima subtropical, onde a temperatura média no inverno é inferior a 15 ºC, podendo acarretar em seca fisiológica.

Apresenta diferentes formações florestais, por exemplo, em algumas regiões, podem ser observadas árvores de médio e grande porte e plantas epífitas; em outras, ocorre a prevalência de plantas caducifólias, que perdem suas folhas em períodos nos quais as condições ambientais são desfavoráveis; além de regiões onde podem ser observadas árvores de pequeno porte e troncos finos, entre outras formações.

Flora da Mata Atlântica

A Mata Atlântica apresenta cerca de 20 mil espécies vegetais, entre elas, espécies endêmicas e ameaçadas de extinção. As espécies encontradas nela correspondem a cerca de 35% das existentes em todo o país. Delas, podemos citar:
– samambaiaçu
– pau-brasil
– palmito juçara
– araucária
– embaúba
– jacarandá
– cedro
– espécies epífitas, como as orquídeas

Dentre as inúmeras espécies vegetais da Mata Atlântica, podemos destacar a presença da pteridófita samambaiaçu.

Fauna da Mata Atlântica

A fauna da Mata Atlântica também é bastante diversa. Ela apresenta cerca de:
– 849 espécies de aves
– 370 espécies de anfíbios
– 200 espécies de répteis
– 270 de mamíferos
– 350 espécies de peixes

Entre essas espécies, muitas são endêmicas e estão ameaçadas de extinção. Dos inúmeros animais presentes na Mata Atlântica, podemos citar:
– mico-leão
– sagui
– quati
– preguiça-de-bentinho
– jaguatirica
– onça-pintada
– muriqui-do-norte
– muriqui-do-sul
– papagaio-da-cara-roxa
– jacú
– araponga
– sabiá

A jaguatirica é um dos animais mamíferos encontrados na Mata Atlântica.

Importância e conservação da Mata Atlântica

A Mata Atlântica é um conjunto de formações florestais que possui a maior diversidade biológica do país e compreende entre 1% e 8% da biodiversidade mundial. Por volta do século XV, quando os europeus chegaram ao país, a Mata Atlântica estava distribuída numa área em torno de 1,3 milhão de km² (cerca de 15% de todo o território brasileiro).

A partir daquele momento, iniciou-se a sua degradação por meio da exploração do pau-brasil. Outras madeiras também foram bastante exploradas, o que quase as levou à extinção, como é o caso da sucupira, do jacarandá e da peroba. Com o passar do tempo, o processo de degradação continuou e o desmatamento abriu espaço para a implantação de lavouras de cana-de-açúcar e café e, em seguida, para a urbanização.
Todo esse processo de degradação histórico fez com que hoje a Mata Atlântica ocupe apenas cerca de 7% de todo o seu território original. Com isso, diversas espécies, tanto de vegetais quanto de animais, encontram-se atualmente ameaçadas de extinção, sendo que grande parte delas é endêmica.

Além da preservação das espécies ali existentes, preservar a Mata Atlântica beneficia a espécie humana de inúmeras maneiras, já que o bioma presta diversos serviços ambientais, como:
manutenção da estrutura e estabilidade do solo daquela região;
manutenção do ciclo hidrológico;
regulação e equilíbrio do clima.

Além de fornecer alimento, matéria-prima para a produção de medicamentos e cosméticos, entre outras importantes funções.

Políticas de preservação eficazes para esse bioma são essenciais. Nesse sentido, em 22 de dezembro de 2006, foi sancionada a chamada Lei da Mata Atlântica, Lei nº 11.428, que dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação nativa da Mata Atlântica e determina, em seu artigo 6º, que:

“A proteção e a utilização do Bioma Mata Atlântica têm por objetivo geral o desenvolvimento sustentável e, por objetivos específicos, a salvaguarda da biodiversidade, da saúde humana, dos valores paisagísticos, estéticos e turísticos, do regime hídrico e da estabilidade social.”

O trecho da Mata Atlântica que se inicia na Serra da Juréia (Iguape, São Paulo) e vai até a Ilha do Mel (Paranaguá, Paraná) foi declarado Patrimônio Natural Mundial em 1999. No dia 27 de maio, é comemorado o Dia Nacional da Mata Atlântica.


Fonte: www.biologianet.com

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4 dicas práticas de como ajudar a salvar a Amazônia

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4 dicas práticas de como ajudar a salvar a Amazônia

Bioma da Amazônia está chegando próximo de seu ponto de não retorno e pode se tornar uma savana, com consequências incalculáveis para o agronegócio

Salvar a Amazônia pode ser um ponto-chave para garantir a sobrevivência humana no mundo como conhecemos hoje. O bioma tem um papel fundamental na regulação da temperatura do planeta e no regime de chuvas no Brasil, um dos maiores produtores de alimentos do mundo.

No entanto, nos últimos anos, a floresta sofre com um crescente desmatamento e queimadas, o que tem contribuído para a redução da capacidade de sequestro de carbono, além de aumentar a emissão de gases de efeito estufa. Com isso, o sistema amazônico pode ter seu ponto de equilíbrio rompido, entrando em um caminho de desertificação sem volta.

A atividade agropecuária pode ser inviabilizada na região central do Brasil por conta das mudanças climáticas causadas pelo sumiço da floresta, como elevação de temperaturas e diminuição de chuvas, segundo o último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), da Organização das Nações Unidas (ONU).

Apesar do cenário sombrio, grandes empresas e até cidadãos comuns podem contribuir para a preservação do bioma amazônico. Conheça quatro ações que podem ajudar a salvar a Amazônia.

1. Consumo consciente

Conhecer a origem dos produtos consumidos contribui para a preservação da Amazônia. No caso da madeira e da carne, existem certificações que garantem a produção livre de desmatamento ilegal. O próprio agronegócio aderiu à moratória da soja, que assegura que o grão produzido no bioma amazônico esteja livre de desflorestamentos ocorridos após o dia 22 de julho de 2008.

Além disso, a exploração econômica da Amazônia pode garantir a sua preservação. O consumo de produtos com certificação de produção sustentável na região proporciona a geração de renda e a manutenção da floresta em pé.

A Amazônia pode ser explorada economicamente de forma sustentável. (Fonte: Shutterstock/qualtaghvisuals/Reprodução) A Amazônia pode ser explorada economicamente de forma sustentável. (Fonte: Shutterstock/qualtaghvisuals/Reprodução)

2. Fortaleça as redes de apoio

Uma série de pessoas e instituições realizam um trabalho contínuo pela preservação da Amazônia. Dessa forma, realizar doações para essas organizações ou apenas dedicar um tempo para assinar petições e divulgar ações, mobilizações e campanhas auxilia na luta pela preservação da floresta. A cobrança de um posicionamento de empresas e pessoas de relevância contribuem para dar visibilidade à causa.

3. Aprenda com os povos da floresta

A floresta amazônica é habitada por pessoas há pelo menos 13 mil anos. Os moradores locais conseguiram sobreviver no bioma, ao mesmo tempo que garantiram a sua biodiversidade.

Até hoje, as regiões de floresta habitadas por comunidades indígenas e populações locais são mais bem conservadas. Por isso, conhecer e incentivar ações que promovem as pessoas dessas comunidades ajuda a garantir a manutenção da Amazônia.

Áreas da floresta amazônica ocupadas por populações locais são mais bem preservadas. (Fonte: Shuterstock/ESB Professional/Reprodução

4. Incentive o reflorestamento

Iniciativas de reflorestamento de áreas degradadas são importantes para ajudar a regeneração da floresta.

Uma das iniciativas mais antigas da Amazônia, o Projeto Reflorestamento Econômico Consorciado Adensado (Reca), fundado em 1989, incentiva o plantio sustentável com pagamentos anuais pela preservação de 5 mil hectares de sítios e chácaras no Amazonas, Acre e Rondônia.

Fonte: Natura, Instituto Socioambiental, Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Imazon.

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Quais são os biomas da floresta Amazônica?

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Quais são os biomas da floresta Amazônica?

Foto: internet

O Bioma Amazônico chega ocupar uma área de 4.196.943 Km², que corresponde mais de 40% do território nacional e é constituída principalmente por uma floresta tropical. A Amazônia passa pelos territórios do Acre, Amapá, Amazonas, Pará e Roraima, e parte do território do Maranhão, Mato Grosso, Rondônia e Tocantins. A Amazônia é formada por distintos ecossistemas como florestas densas de terra firme, florestas estacionais, florestas de igapó, campos alagados, várzeas, savanas, refúgios montanhosos e formações pioneiras. Mesmo sendo o nosso bioma mais preservado, cerca de 16% de sua área já foi devastada, o que equivale a duas vezes e meia a área do estado de São Paulo.

O desmatamento, as queimadas, a garimpagem, o agropastoreio e a biopirataria representam os principais problemas ambientais enfrentados pelo bioma amazônico. O conjunto formado por essas ações devastadoras é responsável por graves mudanças climáticas em todo o planeta, como o aquecimento global. Amazônia é considerada um grande “resfriador” atmosférico e como maior abrigo da biodiversidade do mundo.

Fauna

Pesquisas indicam que na Amazônia existem cerca de trinta milhões de espécies animais. Dá para acreditar? E isso porque nem todas as espécies foram encontradas e estudadas pelos cientistas. Lá existem alguns animais que ainda são desconhecidos pelos homens.

Bom, mas uma coisa é certa: são muitos animais convivendo neste grande ecossistema. Talvez, os mais famosos deles sejam os macacos. Eles são numerosos: coatás, guaribas, barrigudos, entre outros. Uma infinidade de primatas pode ser encontrada nos galhos das árvores amazônicas. Além deles, existem outros mamíferos característicos da região. São mamíferos terrestres, como onças, tamanduás, esquilos, e mamíferos aquáticos, como peixes-boi e botos.

Os répteis também têm território garantido. Em um passeio pela região podem ser vistos lagartos, jacarés, tartarugas e serpentes. Entre os anfíbios, existem variados tipos de rãs, sapos e pererecas. Uma grande coleção de peixes é outro fato digno de nota: nas águas amazônicas estão 85% das espécies de peixes de toda a América do Sul. Todos os anos milhares deles migram tentando encontrar locais adequados para reprodução e desova. É o que se chama Piracema.

Outros seres ainda menores, têm grande importância no equilíbrio deste ecossistema: os insetos. Eles estão na terra, na água e no ar, exemplo: besouros, formigas, mariposas e vespas fazem parte do grupo que é maioria na fauna amazônica. Há também grande variedade de aves na floresta, como por exemplo, araras, papagaios, periquitos e vários outros. Um deles, são os tucanos que colorem as copas das árvores. Mais de mil espécies de aves já foram catalogadas.

Macaco-Guariba
Vitória-régia

Vegetação

A vegetação divide-se em três categorias: matas de terra firme, matas de várzea e matas de igapó.

As matas de terra firme são aquelas que estão em regiões mais altas e por este motivo não são inundadas pelos rios. Nelas estão árvores de grande porte, como a castanheira-do-pará e a palmeira.

As matas de várzea são as que sofrem com inundações em determinados períodos do ano. Na parte mais elevada desse tipo de mata, o tempo de inundação é curto e a vegetação é parecida com a das matas de terra firme. Nas regiões planas, que permanecem inundadas por mais tempo, a vegetação é semelhante a das matas de igapó.

As matas de igapó são as que estão situadas em terrenos mais baixos. Estão quase sempre inundadas. Nelas a vegetação é baixa: arbustos, cipós e musgos são exemplos de plantas comuns nestas áreas. É nas matas de igapó que encontramos a vitória-régia, um dos símbolos da Amazônia.

Solo

O solo da floresta amazônica é em geral bastante arenoso. Possui uma fina camada de nutrientes que se forma a partir da decomposição de folhas, frutos e animais mortos. Esta camada é rica em húmus, matéria orgânica muito importante para algumas espécies de plantas da região. Em áreas desmatadas, as fortes chuvas “lavam” o solo, carregando seus nutrientes. É o chamado processo de lixiviação, que deixa os solos amazônicos ainda mais pobres. Apenas 14% de todo o território pode ser considerado fértil para a agricultura.

Mas se apenas essa pequena parte é fértil, como existem tantas árvores? Aqui está um dos pontos essenciais para o equilíbrio do ecossistema.

Neste processo a camada de húmus tem um papel fundamental. Além disso, os poucos nutrientes presentes no solo são rapidamente absorvidos pelas raízes das árvores, e estas plantas, por sua vez, tornam a liberar nutrientes para enriquecimento do solo. Trata-se de uma constante reciclagem de nutrientes.

Relevo

As planícies são constantemente inundadas pela água dos rios. Na região de planaltos existem algumas serras, como as de Taperapecó, Imeri e Parima. Ficam na Amazônia as formações de relevo mais baixa – planície Amazônica – e mais alta – planalto das Guianas – do país. É nesse planalto que se encontra o Pico da Neblina, ponto mais alto do Brasil, com cerca de 3.015 metros.

Compõem o bioma Amazônia planícies (terrenos com pouca variação de altitude), depressões (tipo de relevo aplainado, onde são encontradas colinas baixas) e planaltos (terrenos com superfície elevada).

Água

A água é um importante componente em um ecossistema. Isto porque a água é fundamental para a vida. No caso da floresta amazônica, a água doce é abundante: trata-se da maior bacia hidrográfica do planeta. Seu principal rio é o Amazonas, que possui mais de mil afluentes (rios menores que nele deságuam), é o mais largo do mundo e grande responsável pelo desenvolvimento da floresta.

Os rios influenciam a vida dos animais e, como você já viu, a vegetação do lugar. De forma geral, são classificados em três tipos: rios de águas barrentas, de águas claras e águas pretas.

Por fim, os rios de águas pretas são assim denominados por nascerem em terrenos de planície e carregarem a areia e o húmus que caracterizam o solo de tais terrenos. O húmus é o grande responsável pela cor escura das águas. O mais conhecido rio amazônico de aguas pretas é o rio Negro.A coloração da água varia de acordo com determinadas substâncias que podem ser encontradas nos rios. Os chamados rios de águas barrentas, como o Madeira e o próprio Amazonas, têm a cor da água modificada por serem ricos em sedimentos e nutrientes. Os de águas claras, como o Xingu, o Tapajós e o Trombetas possuem muitos trechos de corredeiras e cachoeiras. Estes rios não banham tantos terrenos ricos em nutrientes como os de água barrenta. Desta forma apresentam água mais cristalina.

Clima

Na região amazônica chove bastante e a temperatura é elevada, normalmente variando entre 22ºC e 28ºC. É o chamado clima equatorial úmido, que caracteriza algumas áreas próximas à linha do Equador. E como o clima interfere? Pelo que vimos até aqui, você já deve imaginar alguma forma… Por exemplo: de acordo com a intensidade das chuvas sobe o nível dos rios; com o aumento do nível dos rios algumas áreas podem ser alagadas e, uma vez alagadas, essas áreas podem ser mais ou menos adequadas à vida de determinados vegetais e animais.

Fatores como o clima, relevo, solo e água interferem na vida de animais e vegetais. Não foi isso que vimos ser a definição de um ecossistema? A relação entre seres vivos e não vivos em uma região? Pois é, quando falamos da Amazônia existe ainda uma outra relação que está colocando em risco o equilíbrio do ecossistema. A relação entre os homens e a floresta.

 

Fontes de informação: www.ibflorestas.org.br / IBAMA / LINHARES, Sérgio & GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje – Vol 3. São Paulo: ed. Ática, 1998.

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Turismo sustentável, saiba do que se trata e porque é tão importante

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Turismo sustentável, saiba do que se trata e porque é tão importante


Sustentabilidade é a palavra da vez. Em um mundo marcado pela escassez de recursos, crescer respeitando os limites do meio ambiente é o novo desafio

Foto: internet

Muito se fala sobre sustentabilidade. De acordo com a definição do dicionário, trata-se do “desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras de satisfazerem suas próprias necessidades”. Pensar em um desenvolvimento sustentável nada mais é que buscar desenvolver um setor ou atividade, sem desconsiderar as responsabilidades com o meio em que vivemos.

Alguns setores, como o turismo, por exemplo, se veem muitas vezes presos em paradoxos: como estimular economicamente um local, sem comprometer a sua integridade e biodiversidade? Será possível pensar em um turismo mais sustentável?

Segundo dados da Organização Mundial do Turismo (OMT), o setor turístico movimenta mais de US$ 1 trilhão por ano. Somente em 2018, por exemplo, mais de 1,1 bilhão de pessoas viajaram pelo mundo, o que representa um aumento de quase 5% em relação a 2017. Se por um lado, viajar pelo mundo ficou mais fácil e acessível, por outro, os impactos negativos do turismo têm aumentado consideravelmente nos últimos anos.

Em muitos lugares, além de buscar atrair receitas com o mercado de viagens, há a preocupação com as possíveis consequências adversas da atividade: os prejuízos que o turismo predatório pode causar.

É nesse cenário que o turismo sustentável aparece como alternativa. Diferente do tradicional, opções sustentáveis têm a preocupação, por exemplo, com a quantidade de visitantes. Uma alternativa para controlar os impactos causados pela interferência humana.

Para alcançar esse ideal, o planejamento e a gestão do turismo devem estar sempre atentos às questões ambientais, culturais e sociais, buscando minimizar os impactos da atividade e fazendo com que os moradores locais estejam inseridos economicamente e socialmente na atividade.

De acordo com a responsável pela gestão de investimento social da Fundação Toyota Brasil, Thaís Guedes, é preciso pensar no turismo de maneira a contemplar todas as possibilidades de interação. “Apesar dos impactos negativos, o turismo também pode ser um vetor de desenvolvimento. É uma importante ferramenta que pode unir as pessoas com o meio ambiente, principalmente quando usado para educar”, disse.

Além de ser uma fonte de desenvolvimento econômico, estimular o turismo é criar laços. “Acredito muito que por meio do turismo é possível fazer a reconexão das pessoas com o meio ambiente. A questão central é identificar como as práticas de lazer e turismo podem promover a inclusão social ao mesmo tempo em que contribuem para a conservação do ambiente”, explicou Thaís.

Nas palavras da gestora, desenvolver o turismo de forma sustentável significa pensar em ações que sejam “socialmente justas, economicamente viáveis e ecologicamente corretas”. Neste sentido, a atividade se torna também um auxílio às economias locais à medida em que cria empregos, valoriza o patrimônio cultural e, em muitos casos, se torna a principal fonte de renda de regiões em desenvolvimento.

“Normalmente nessas áreas mais remotas, sempre estão instaladas entidades envolvidas com pesquisas. Assim, é possível desenvolver um turismo que vai gerar renda. Essa é uma forma, por exemplo, de conseguir subsídio para manter conservação e pesquisa”, explicou. Confira a entrevista completa com Thaís Guedes, da Fundação Toyota Brasil:

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Novo jeito de viajar: turismo pode ajudar a proteger natureza e comunidades.

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Novo jeito de viajar: turismo pode ajudar a proteger natureza e comunidades.

Foto: internet

Nos próximos anos, a sustentabilidade deve impactar a forma como as pessoas viajam. Segundo um estudo da agência Euromonitor, a atividade turística passará por uma série de mudanças até 2040, tendo a preocupação com práticas sustentáveis como um dos focos para recuperar o setor após a pandemia do novo coronavírus.

Passada a emergência gerada pela covid-19, a tendência, conforme o levantamento, é que o foco das demandas mude gradualmente dos protocolos de saúde para as ações climáticas. Muitas companhias aéreas e outras gigantes do turismo se comprometeram a reduzir pela metade — ou, em alguns casos, a zerar — suas emissões de gases do efeito estufa até 2030.

Essa demanda por sustentabilidade no setor, no entanto, envolveria apenas a preocupação com o meio ambiente? Como é, na prática, o turismo sustentável? Ecoa ouviu especialistas para explicar essas e outras questões.

O que é turismo sustentável?

Segundo a professora Juliana Medaglia Silveira, do Departamento de Turismo da UFPR (Universidade Federal do Paraná), como o conceito de sustentabilidade ultrapassa a área ambiental, o turismo sustentável é aquele que leva em consideração impactos sociais, ambientais e econômicos, bem como os grupos de interesse envolvidos na atividade.

No turismo massificado, observa ela, a dinâmica dos destinos, como horários do comércio e oferta da culinária, segue as demandas do turista e não as necessidades da comunidade local. No turismo sustentável, as escolhas são outras. Há preocupação, por exemplo, com consumo de produtos típicos, vindos de fornecedores locais. A hospedagem preza por espaços que fazem a gestão adequada de seus resíduos e empregam pessoas daquela região, de modo a respeitar as demandas da comunidade — tanto ambientais como sociais.

Dentro da sustentabilidade, é importante ainda que a atividade turística seja capaz de contribuir com a preservação e regeneração dos ambientes naturais e culturais com que estiver envolvida, destaca o diretor-executivo da ABETA (Associação Brasileira de Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura), Luiz Del Vigna.

Turismo sustentável envolve apenas atividades na natureza?

Não. A professora da UFPR explica que isso vai além dos ambientes naturais. “Não podemos olhar o turismo como algo fora da sociedade. Por isso, a sustentabilidade nesse setor não precisa estar diretamente envolvida com a natureza. Não é preciso estar apenas ali para contratar hospedagens, passeios e guias de empresas envolvidas com sustentabilidade”, comenta Juliana Medaglia Silveira, que também é coordenadora do Observatório de Turismo do Paraná.

Como o turismo se relaciona com os Objetivos de Desenvolvimento (ODS) Sustentável da ONU?

De acordo com a OMT (Organização Mundial do Turismo), o setor tem potencial para contribuir de maneira direta ou indireta com todos os objetivos da Agenda 2030. Ainda assim, a atividade turística tem como meta alcançar os Objetivos 8, 12 e 14, voltados, respectivamente, ao crescimento econômico inclusivo e sustentável, consumo e produção sustentáveis e ao uso sustentável de oceanos e recursos marinhos.

Como diferenciar o que é sustentabilidade no turismo do que é apenas marketing?

A coordenadora do Observatório de Turismo do Paraná recomenda que o consumidor busque informações sobre os destinos que pretende visitar e as empresas das quais pretende consumir serviços ou produtos. Em alguns destinos, o compromisso com o desenvolvimento sustentável pode ser mais evidente, como nos casos de turismo de experiência e turismo de base comunitária (TBC). “No TBC, a base da comunidade é o que vai atrair o turista e definir o que será ofertado para ele. A alimentação será a partir daquilo que é plantado por locais; a hospedagem, os serviços, tudo é a comunidade que desenvolve”, salienta.

Nas atividades turísticas que vão além do TBC, a professora Lara Freitas, do Departamento de Turismo da Unespar (Universidade Estadual do Paraná), também recomenda a busca de informações sobre o destino e agentes envolvidos. Ela salienta que o consumidor deve usar fontes confiáveis e senso crítico para identificar o que é cidadania e o que é apresentado apenas como uma prestação de contas, com viés mercadológico. “Essa questão de cidadania se revela através da participação dos empreendedores, pequenas empresas, agricultores e outros agentes em ações práticas e compromissos desenvolvidos junto à comunidade. Precisamos observar as narrativas. Geralmente, quando a narrativa relatada é muito ‘fácil’, desconfiamos”, diz.

Quais os desafios para a expansão da sustentabilidade no turismo?

Juliana Medaglia Silveira aponta a necessidade de trabalhar a educação para a sustentabilidade, para que, a partir disso, os consumidores possam exigir um turismo comprometido com o desenvolvimento local. Ela avalia que o Brasil tem potencial a ser explorado nesse campo, mas que, no momento, as discussões do setor estão mais ligadas à sobrevivência da atividade. “O desafio está no fato de que implementar e consumir sustentabilidade têm um custo mais alto. Diante das dificuldades do país com o básico, implementar a sustentabilidade ainda é caro”, comenta.

A professora Lara Freitas também defende que é necessário um mínimo de infraestrutura para avançar com o turismo sustentável — e esse é um investimento que, para ela, ainda precisa melhorar. “A realidade brasileira é que ainda não temos um ecossistema saudável, comunidades livres de produtos tóxicos, gestão segura de resíduos, água potável para todos. É uma realidade que vem passando por mudanças, mas que ainda não apresenta condições de vida adequadas, básicas, nem para quem mora nesses locais — imagine para o turista”, analisa.

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Turismo Sustentável: Inclusão Social e Desenvolvimento

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Turismo Sustentável: Inclusão Social e Desenvolvimento

A ideia de ser sustentável ou “verde” é bastante discutida e propagada atualmente. De certa forma, ela está sendo passada para todos nós como uma “filosofia obrigatória” para quem quer ser bem visto socialmente e isto vale tanto para pessoas quanto empresas. Por um lado, é ótimo que todos tomem consciência em colaborar para um mundo melhor, mas é muito importante que não se trate esta ideia como uma tendência passageira.

Em 2017, a ONU declarou o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, e desde então a OMT (Organização Mundial do Turismo) passou a reforçar a importância de pensar no tema.‍

Segundo a diretora de Comunicação da OMT, Sandra Carvão, o setor é responsável por 10% do PIB, sendo assim inquestionável a sua relevância para a economia. “O Turismo é um dos setores mais resistentes a mudanças e crises”, revelou Sandra. E ainda acrescentou que a OMT almeja chegarem 2030 com um fluxo de 1,8 bilhão de turistas internacionais, número que hoje está em 1,2 bilhão.

“Se cada um dos 1,2 bilhão de pessoas que viajam internacionalmente tiveram uma atitude sustentável, imagine o impacto que isso pode ter em termos de inclusão social e de desenvolvimento”, disse Sandra, citando como exemplo de ações comprar de produtores locais.

“Queremos mobilizar os atores em prol dessa agenda e o ano é só uma desculpa, pois essa é uma longa caminhada”, afirmou.

Índice de turismo sustentável

Em 2018, a unidade de inteligência do The Economist divulgou o primeiro Índice de Turismo Sustentável, que avalia 10 países do mundo e seu compromisso com o desenvolvimento e promoção de práticas sustentáveis no turismo. Os países que participaram foram: Alemanha, Brasil,China, Egito, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Japão e Reino Unido.

Os países europeus se destacaram, com a França ficando em primeiro lugar no ranking, seguida pela Alemanha (2º) e pelo Reino Unido (3º).

O Brasil ficou na sétima posição, conquistando pontos pela qualidade do ar, emissão de CO2 e uso responsável da água. Os eventos esportivos também foram considerados de forma positiva no índice. Porém, entre os aspectos que fizeram o país cair no ranking estão a crise política e econômica, a violência e a infraestrutura turística. Além disso, a atuação do país também foi criticada na eficácia de marketing e branding para atrair turistas, emprego no setor de turismo, e compreensão de uma política de turismo sustentável.

Artesãs elaborando peça para o mercado local.

Os três pilares do turismo sustentável

Para uma melhor compreensão do conceito de turismo sustentável, deve-se levar em conta três pilares essenciais:

– O pilar ambiental: a conservação da natureza onde estiver alojado.

– O pilar econômico: o apoio aos negócios locais.

– O pilar social: valorização dos projetos culturais locais.

O pilar ambiental é o mais difundido. O interesse por lugares pouco conhecidos e grande preservação ambiental tem atraído muitos visitantes. Mas os locais já conhecidos e explorados não ficam de fora nesta questão da preocupação ambiental. Muitas cidades ou regiões de países cosmopolitas estão se adequando a esta preocupação ambiental e divulgando as ações que estão tomando para preservar a natureza, tais como iniciativas de proibição ao uso de plástico.

O apoio aos negócios locais é fundamental para o desenvolvimento, inclusão de trabalhadores no mercado de trabalho e incentivo às práticas locais, como por exemplo, o artesanato.

A indústria do turismo, seja sob a forma de cadeias internacionais de hostels ou empresas locais, pode impulsionar a economia do país, o que é muito positivo. No entanto, essas cadeias são, geralmente, geridas por empresas estrangeiras. O foco no apoio aos negócios locais propõe o investimento financeiro diretamente na economia do país ou local de visita, ou seja, fazendo reservas em estabelecimentos locais, ou optando por guias nativos, recompensando com boas gorjetas. Bem diferente de um pacote “all inclusive” de grandes cadeias hoteleiras comprados em agências de turismo.

Na imensidão deste mundo afora há muito o que se conhecer e explorar. Culturas, hábitos, religiões, tradições culturais e pessoas de diferentes origens em diversos lugares estão esperando para serem visitados e terem suas identidades conhecidas e divulgadas globalmente.

Uma maneira de colaborar com essa propagação é apoiar as infraestruturas sociais através do consumo responsável.Visitas às feiras para conhecer a oferta de produtos fabricados, produzidos ou criados na região e até mesmo a troca de informação pode fazer com que o viajante leve para o seu lugar de origem a técnica que aprendeu viajando. Ou simplesmente contemplar e valorizar o que o lugar tem a oferecer em termos de cultura e divulgar para que outras pessoas se interessem em conhecer.

Exemplo brasileiro de valorização à cultura local

Um exemplo bem recente é o projeto circuito “Alagoas Feito a Mão”, realizado em Maceió com o objetivo de promover o turismo mas também valorizar a cultura popular.

Réplicas em tamanho gigante de esculturas de grandes artesãos de Alagoas estão expostas na orla da cidade. As novas esculturas fazem o maior sucesso entre os turistas e de graça. Para admirar as esculturas basta passear em um dos pontos da orla e garantir a foto dos grandes artistas de Alagoas.

Turismo sustentável é uma troca onde todos saem ganhando, o local visitado e o turista. Há de se ter uma conscientização maior na forma de viajar e oferecer soluções sustentáveis para essa troca. Todos queremos conhecer lugares paradisíacos, aprender com pessoas de diferentes culturas e, para que essa experiência de viajar continue sendo algo prazeroso agora e daqui a muitos anos, precisamos ficar atentos a responsabilidade de viajar de forma sustentável o quanto antes.

 

Fonte: https://www.redeasta.com.br

Projeto circuito “Alagoas Feito a Mão” promove o turismo e valoriza a cultura popular da região. Foto: Kaio Fragoso
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Entenda a diferença entre preservação e conservação

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Entenda a diferença entre preservação e conservação

Os termos preservação e conservação ambiental têm significados diferentes, embora sejam frequentemente utilizados como sinônimos.

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A preservação está relacionada com a ação de proteger um ecossistema ou um recurso natural de dano ou degradação, ou seja, não utilizá-lo, mesmo que racionalmente e de modo planejado.

Por sua vez, a conservação ambiental está relacionada com o uso racional e sustentável dos recursos naturais, garantindo sua existência para as gerações futuras.
O que é preservação do meio ambiente?

O termo “preservação do meio ambiente” refere-se à proteção integral de uma área natural, sem interferência humana. Ela se faz necessária quando há risco de perda de biodiversidade, seja de uma espécie, um ecossistema ou de um bioma como um todo.

A palavra “preservação” surgiu a partir de uma corrente ideológica chamada de preservacionismo, que aborda a proteção da natureza independentemente de seu valor econômico ou utilitário, apontando o ser humano como o causador da quebra desse “equilíbrio”. De caráter protetor, propõe a criação de santuários de natureza intocável, sem sofrer interferências relativas aos avanços do progresso e sua consequente degradação.


Exemplo de preservação

As Áreas de Preservação Permanente (APPs) podem ser entendidas como um exemplo de unidade de preservação do meio ambiente, já que possuem a finalidade de preservar os recursos naturais.

Por definição, elas são “áreas protegidas, cobertas ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas”, de acordo com o Novo Código Florestal.

As Áreas de Preservação Permanente buscam atender ao direito fundamental de todo brasileiro a um “meio ambiente ecologicamente equilibrado”, conforme previsto no artigo 225° da Constituição da República Federativa do Brasil.

O que é conservação ambiental?

A conservação ambiental é uma das correntes ideológicas mais discutidas na esfera científica. Ela pode ser caracterizada como um conjunto de ações que buscam o uso racional e sustentável dos recursos naturais, de maneira a obter alta qualidade de vida humana causando o menor impacto possível ao meio ambiente.

A preocupação com o meio ambiente surgiu na metade do século XIX, sobretudo por causa das mudanças provocadas pela Revolução Industrial. Nesse cenário, pensadores criam uma corrente ideológica chamada de conservacionismo, que contempla o amor à natureza, mas aliado ao seu uso racional e manejo criterioso pela espécie humana.

O pensamento conservacionista caracteriza a maioria dos movimentos ambientalistas, e pode ser identificado como o meio-termo entre o preservacionismo e o desenvolvimentismo, Ele também se fundamenta nas políticas de desenvolvimento sustentável, que são aquelas que buscam um modelo de desenvolvimento que garanta a qualidade de vida, mas que não destrua os recursos necessários às gerações futuras.


Exemplo de conservação

As Unidades de Conservação (UC’s) podem ser consideradas como um exemplo de conservação, visto que estabelecem o uso sustentável ou indireto de áreas naturais.

Por definição, elas são “espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção da lei”, de acordo com o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), estabelecido pela Lei n. 9.985, de 18 de julho de 2000.

Elas possuem a função de assegurar a representatividade de porções significativas e ecologicamente viáveis das diferentes populações, habitats e ecossistemas do território nacional e das águas jurisdicionais, preservando o patrimônio biológico existente.

Importância

Os conceitos de “preservação” e “conservação” estão intimamente relacionados ao de desenvolvimento sustentável, que busca garantir que o progresso econômico e as necessidades da atual geração não impliquem no esgotamento dos recursos naturais necessários para a sobrevivência das futuras gerações.

Por isso, preservar e conservar o meio ambiente são ações necessárias para que as próximas gerações contem com recursos para a sua manutenção e subsistência. No entanto, elas devem ser feitas de forma inteligente, já que mesmo áreas protegidas podem sofrer efeito de borda e serem eliminadas.


Fonte: ecycle.com.br

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